Comunidade internacional demanda fim do bloqueio a Cuba em reunião da ONU
Representantes diplomáticos se reúnem na ONU em Nova York para discutir o embargo estadunidense a Cuba
247 - Uma série de países exortou nesta quarta-feira (1) a comunidade internacional a declarar inválido o bloqueio de décadas que os Estados Unidos impõem contra Cuba. Eles se reuniram na Assembleia Geral da ONU em Nova York, segundo informações da Prensa Latina.
O embaixador alternativo da Venezuela na ONU, Joaquín Pérez, classificou como anacrônico o bloqueio contra Cuba, "uma política que não alcançou nem alcançará seu objetivo".
A esmagadora maioria da comunidade internacional e da Assembleia Geral está cansada deste cerco sem sentido, assegurou o representante.
Após intervir no fórum, que pela trigésima primeira vez debate a necessidade de encerrar essa política, o diplomata esclareceu que mais de 31 países do mundo estão submetidos a medidas semelhantes.
Para o representante da Bielorrúsia, o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba é uma violação dos direitos humanos de todos os cubanos e um ato de genocídio.
Ao falar em nome de sua nação, referiu que Minsk subscreve a declaração do Movimento dos Países Não-Alinhados e dos Amigos da Carta da ONU, e reiterou sua posição contra as medidas unilaterais aos membros das Nações Unidas.
A pressão do bloqueio implica uma intervenção direta nos assuntos de um estado soberano e enfraquece o sistema de relações internacionais e a cooperação, acrescentou.
A representante de Santa Lúcia perante a organização, ao falar em nome da Comunidade do Caribe (Caricom), afirmou que o bloqueio estadunidense contra Cuba "deixa de lado os princípios do multilateralismo".
Essa medida é uma clara violação à letra e espírito da Carta do organismo mundial, acrescentou a diplomata ao respaldar na Assembleia Geral a resolução cubana "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba".
Juntamente com a esmagadora maioria das nações, exigimos o levantamento imediato do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, expressou hoje na sede da ONU o representante da Rússia, Vasili Nebenzia.
O diplomata russo, ao falar em nome de seu país no debate sobre o tema "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", lembrou que a postura de Moscou é marcada por uma relação de amizade de longa data com Havana.
Nebenzia esclareceu que a Rússia apoiará, como sempre, o projeto de resolução apresentado por Cuba, porque o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos é uma violação da Carta das Nações Unidas.
O representante de Angola junto às Nações Unidas, Francisco José da Cruz, afirmou que a continuação do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos a Cuba viola os direitos humanos, principalmente o direito ao desenvolvimento.
O diplomata enfatizou que este é um dos temas mais candentes por décadas, pois, apesar de a Assembleia Geral, por esmagadora maioria, ter pedido o fim incondicional e imediato desta política, ela ainda se mantém, embora vá contra o direito internacional e a Carta da ONU.
Ele destacou que são mais de 60 anos de punição à população cubana, o que impede o país de realizar programas socioeconômicos e coloca em risco o cumprimento da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável na ilha.
Paralelamente, o Movimento Salvadorenho de Solidariedade com Cuba exigiu hoje que os Estados Unidos retirem a ilha da lista de países que, segundo Washington, patrocinam o terrorismo.
Um comunicado desse grupo destacou que o bloqueio econômico, comercial e financeiro é o cerne da política da Casa Branca em relação aos 11 milhões de cubanos, em uma guerra não declarada que não cessou nem um dia durante 63 anos.
O texto ressaltou que "essa política terrorista" busca destruir a Revolução cubana e seus esforços para melhorar a qualidade de vida do povo.
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